quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Cicatrização da ferida cutânea

Os anexos epidérmicos não se regeneram e mantêm uma cicatriz de tecido conjuntivo em lugar da rede mecanicamente eficiente de colágeno na derme não-ferida. Em feridas muito superficiais, o epitélio é reconstituído e pode haver pouca formação  cicatricial.
            A cicatrização da ferida cutânea é geralmente dividida em três fases: 1.inflamação (precoce e tardia); 2. Formação do tecido de granulação e reepitelização; 3. Contração da ferida, deposição da Matriz Extra Celular, e remodelagem. Essas fases se sobrepõem sua separação e, de certa forma arbitrária.
            A cicatrização da ferida é uma resposta fibroproliferativa mediada por fatores de crescimento e citocinas.
Cicatrização por primeira intenção (Ferimentos com margens opostas)
            Exemplo é a cicatrização de uma incisão cirúrgica limpa e não infectada, e aproximada, por situações cirúrgicas. O espaço incisional estreito se preenche imediatamente com sangue coagulado contendo fibrina e células sanguíneas; desidratação da superfície do coágulo forma a tão conhecida crosta que cobre a fenda.
O processo de cicatrização segue uma série de etapas seqüenciais:
Em 24 horas, os neutrófilos aparecem nas margens da incisão, movendo-se em direção ao coágulo de fibrina. Em 24 a 48 horas, a estimulação das células epiteliais move-se a partir das bordas as ferida ao longo das margens do corte da derme, depositando componentes da membrana basal enquanto elas se movem. Elas fundem-se na linha média abaixo da superfície da crosta, produzindo uma fina camada epitelial, porém contínua que fecha a ferida.
Próximo ao terceiro dia, os neutrófilos foram amplamente substituído por macrófagos. O tecido de granulação invade, progressivamente, o espaço incisional.
Próximo ao quinto dia, o espaço incisional é preenchido com tecido de granulação. A neovascularização é máxima. As fibras colagenosas tornam-se abundantes e começam a unir a incisão. A epiderme recupera sua espessura normal, e a diferenciação das células superficiais produz uma arquitetura epidérmica madura com ceratinização da superfície.
Durante a segunda semana, há acúmulo continuado de colágeno e proliferação de fibroblastos.O infiltrado leucocítico, edema e vascularidade aumentados desaparecem por completo. Nesse momento, o longo processo de empalidecimento começa efetuado pelo acúmulo aumentado de colágeno dentro da cicatriz, acompanhado da regressão dos canais vasculares.
Próximo do final do primeiro mês, a cicatriz é feita de um tecido conjuntivo celular desprovido de infiltrado inflamatório, coberto agora pela epiderme intacta.

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