sábado, 27 de novembro de 2010

Cãncer de Estômago

Também denominado câncer gástrico, os tumores do estômago se apresentam, predominantemente, na forma de três tipos histológicos: adenocarcinoma (responsável por 95% dos tumores), linfoma, diagnosticado em cerca de 3% dos casos, e leiomiossarcoma, iniciado em tecidos que dão origem aos músculos e aos ossos.

O pico de incidência se dá em sua maioria em homens, por volta dos 70 anos. Cerca de 65% dos pacientes diagnosticados com câncer de estômago têm mais de 50 anos. No Brasil, esses tumores aparecem em terceiro lugar na incidência entre homens e em quinto, entre as mulheres. No resto do mundo, dados estatísticos revelam declínio da incidência, especificamente nos Estados Unidos, Inglaterra e outros países mais desenvolvidos.

A alta mortalidade é registrada atualmente na América Latina, principalmente na Costa Rica, Chile e Colômbia. Porém, o maior número de casos ocorre no Japão, onde são encontrados 780 doentes por 100.000 habitantes.

Estimativa de novos casos: 21.500, sendo 13.820 homens e 7.680 mulheres (2010)

Número de mortes: 12.706, sendo 8.223 homens e 4.483 mulheres (2008)

Ministério da Saúde, Instituto do Cãncer. 2010

Câncer de Colo do Útero

O câncer do colo do útero, também chamado de cervical, demora muitos anos para se desenvolver. As alterações das células que podem desencadear o câncer são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolaou), por isso é importante a sua realização periódica. A principal alteração que pode levar a esse tipo de câncer é a infecção pelo papilomavírus humano, o HPV, com alguns subtipos de alto risco e relacionados a tumores malignos.

Estimativas de novos casos: 18.430 (2010)

Número de mortes: 4.812 (2008)

(INCA, 2010)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Hiperemia e congestão

Os termos hiperemia e congestão, ambos indicam um local de volume sanguíneo aumentado num tecido particular. A hiperemia é um processo ativo resultante do fluxo interno tecidual aumentado devido à dilatação arteriolar, como no músculo esquelético durante um exercício ou em locais de inflamação. O tecido  afeta é avermelhado pelo congestionamento dos vasos com sangue oxigenado. A congestão é um processo passivo resultante do efluxo externo deficiente de um tecido. Ex. Insuficiência cardíaca- efeito sistêmico- e obstrução venosa isolada - efeito local. O tecido tem uma coloração vermelho- azulada (cianose) particularmente quando a piora da congestão leva ao acúmulo de hemoglobina desoxigenada nos tecidos afetados.

Disfunções hemodinâmicas


Edema
            O termo edema significa líquido elevado nos espaços teciduais intersticiais e em cavidades corporais. O líquido do edema que ocorre em transtornos hemodinâmicos é tipicamente um transudato. O edema grave e generalizado é denominado anasarca.
            Os principais fatores que dirigem o movimento do líquido entre os espaços vasculares e intersticiais são os efeitos de oposição da pressão hidrostática vascular e pressão osmótica coloidoplasmática. Enquanto o líquido extravascular acumula-se, a pressão hidrostática tecidual e a pressão osmótica coloidoplamática elevada alcançam, eventualmente, um novo equilíbrio e água entra novamente na vênula. Qualquer líquido de edema intersticial em excesso é tipicamente removido pela drenagem linfática, retornando, no final das contas, à corrente sanguínea via ducto torácico.
            As elevações locais na pressão hidrostática podem resultar de drenagem venosa deficiente. A pressão osmótica plasmática reduzida pode resultar da perda excessiva ou síntese reduzida pode resultar da perda excessiva ou síntese reduzida de albumina, a proteína sérica mais responsável pela manutenção da pressão osmótica coloidal. Uma causa importante de perda de albumina é a síndrome nefrótica, caracterizada por parede  capilar glomerular permeável e edema generalizado. A drenagem linfática deficiente e o conseqüente linfedema são, em geral, localizados; e podem resultar de obstrução inflamatória ou neoplásica. Por ex: infecção parasitária filaríase. A retensão de sódio é um fator claramente contribuidor para várias formas de edema., quando significativo, el
            Os efeitos do edema podem abranger e simplesmente perturbador à fatal. O edema de tecido subcutâneo na insuficiência cardíaca ou renal é primariamente importante, pois ele sinaliza a doença de base; todavia, quando significativo,ele também pode debilitar a cicatrização de ferida ou a eliminação da infecção. O edema pulmonar pode causar morte pela interferência com a função ventilatória normal. Não somente causa a coleção líquida nos septos alveolares em torno dos capilares e impede a difusão de oxigênio, porém o líquido do edema nos espaços alveolares também cria um ambiente favorável à infecção bacteriana. O edema cerebral é grave ser rapidamente fatal.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Cicatrização por segunda intenção

Quando há uma perda mais excessiva de células e tecido, como na superfície de feridas que criam defeitos grandes, o processo reparativo é mais complicado. A regeneração das células parenquimatosas não pode restaurar completamente a arquitetura original e, por conseguinte, o tecido de granulação abundante cresce a partir da margem para completar a reparação. A cicatrização secundária difere da cicatrização primária em vários aspectos:
A reação inflamatória é mais intensa;
Quantidades muito maiores de tecido de granulação são formados;
Ocorre o fenômeno da contração da ferida, que ocorre em feridas grandes. As etapas iniciais da contração da ferida envolvem a formação de uma rede de fibroblastos contendo actina na margem da ferida. A contração permanente da ferida requer a ação de miofibroblastos – fibroblastos alterados que têm características ultra-estruturais de células musculares lisas.
Formação substancial de cicatriz e diminuição da epiderme.

Cicatrização da ferida cutânea

Os anexos epidérmicos não se regeneram e mantêm uma cicatriz de tecido conjuntivo em lugar da rede mecanicamente eficiente de colágeno na derme não-ferida. Em feridas muito superficiais, o epitélio é reconstituído e pode haver pouca formação  cicatricial.
            A cicatrização da ferida cutânea é geralmente dividida em três fases: 1.inflamação (precoce e tardia); 2. Formação do tecido de granulação e reepitelização; 3. Contração da ferida, deposição da Matriz Extra Celular, e remodelagem. Essas fases se sobrepõem sua separação e, de certa forma arbitrária.
            A cicatrização da ferida é uma resposta fibroproliferativa mediada por fatores de crescimento e citocinas.
Cicatrização por primeira intenção (Ferimentos com margens opostas)
            Exemplo é a cicatrização de uma incisão cirúrgica limpa e não infectada, e aproximada, por situações cirúrgicas. O espaço incisional estreito se preenche imediatamente com sangue coagulado contendo fibrina e células sanguíneas; desidratação da superfície do coágulo forma a tão conhecida crosta que cobre a fenda.
O processo de cicatrização segue uma série de etapas seqüenciais:
Em 24 horas, os neutrófilos aparecem nas margens da incisão, movendo-se em direção ao coágulo de fibrina. Em 24 a 48 horas, a estimulação das células epiteliais move-se a partir das bordas as ferida ao longo das margens do corte da derme, depositando componentes da membrana basal enquanto elas se movem. Elas fundem-se na linha média abaixo da superfície da crosta, produzindo uma fina camada epitelial, porém contínua que fecha a ferida.
Próximo ao terceiro dia, os neutrófilos foram amplamente substituído por macrófagos. O tecido de granulação invade, progressivamente, o espaço incisional.
Próximo ao quinto dia, o espaço incisional é preenchido com tecido de granulação. A neovascularização é máxima. As fibras colagenosas tornam-se abundantes e começam a unir a incisão. A epiderme recupera sua espessura normal, e a diferenciação das células superficiais produz uma arquitetura epidérmica madura com ceratinização da superfície.
Durante a segunda semana, há acúmulo continuado de colágeno e proliferação de fibroblastos.O infiltrado leucocítico, edema e vascularidade aumentados desaparecem por completo. Nesse momento, o longo processo de empalidecimento começa efetuado pelo acúmulo aumentado de colágeno dentro da cicatriz, acompanhado da regressão dos canais vasculares.
Próximo do final do primeiro mês, a cicatriz é feita de um tecido conjuntivo celular desprovido de infiltrado inflamatório, coberto agora pela epiderme intacta.

sábado, 30 de outubro de 2010

Formação da cicatriz

            São três os processos que participam da cicatriz: emigração e proliferação de fibroblastos no local da lesão; Deposição da matriz extracelular e remodelamento tecidual.
            Na proliferação e migração do fibroblasto o tecido de granulação contém numerosos vasos sanguíneos recém formados. O VEGF promove a angiogênese, sendo um fator de Crescimento Endotelial Vascular, È também responsável por um aumento marcado na permeabilidade vascular. O aumento da permeabilidade leva à exsudação e deposição de proteínas plasmáticas, como fibrinogênio e fibronectina plasmática, na MEC, e fornece um estroma provisório para o crescimento para do dentro mesmo de fibroblasto e células endoteliais. A migração de fibroblastos do local de lesão e sua proliferação são  deflagrados por fatores de crescimento múltiplos. Os macrófagos através de mediadores, promovem a migração e proliferação de fibroblastos.
Se os estímulos quimiotáticos apropriados estiverem presentes, mastócitos, eosinófilos, e linfócitos também podem acumular-se. Cada uma dessas células pode contribuir direta ou indiretamente à migração e proliferação de fibroblastos. Dos fatores de crescimento envolvido na fibrose inflamatória, o TGF-B parece ser o mais impornumtante, devido a multitude de efeitos que favorecem a deposição de tecido fibroso. O TGF-B e produzido pela maioria das células do tecido de granulação e causa migração e proliferação do fibroblasto, síntese aumentada de colágeno e fibronectina e degradação diminuída da MEC por metaloproteínas.
            Na Deposição da Matriz Extracelular e Formação de Cicatriz
À medida que a reparação continua, o número de células endoteliais proliferantes e fibroblasto diminuem. Os colágenos fibrilares formam uma porção principal do tecido conjuntivo em locais de reparação e são importantes para o desenvolvimento da resistência na cicatriz de feridas. Apor  síntese colagenosa é intensificada por vários fatores de crescimento ( PGDF, FGH, TGF-B)  e as citocinas (IL-1, IL-13), que são secretados por leucócitos e fibroblastos na cicatrização de feridas. O acúmulo de colágeno final, entretanto, depende não somendate da síntese colagenosa aumentada, mas também da degradação diminuída. Enquanto a cicatriz amadurece, a regressão vascular continua, transformando, eventualmente, o tecido ricamente vascularizado numa cicatriz avascular empalidecida.
Remodelação Tecidual
            A substituição do tecido de granulação por uma cicatriz envolve transição na composição da MEC. O equilíbrio entre a síntese e a degradação da MEC resulta na remodelação da estrutura do tecido conjuntivo.

CÉLULAS-TRONCO

Células-tronco são caracterizadas por sua capacidade proliferativa prolongada de auto-renovação e por sua replicação assimétrica. Na replicação assimétrica uma das células-tronco retém sua própria capacidade de renovação enquanto outras entram numa via de diferenciação e é convertida numa população madura enquanto e não-divisória. Mas existe o conceito de que, dentro de um grupo de células-tronco, algumas se auto-replicam e outras se diferenciam.
Células-tronco Embrionárias (Células TE)
            Os embriões contêm células TE pluripotentes, que podem dar origem a todos os tecidos do corpo humano. Tais células podem ser isoladas dos blastocistos normais, as estruturas formadas em aproximadamente o estágio celular 32 durante o desenvolvimento embrionário. As células-tronco embrionárias ser mantidas em culturas como linhagens celulares indiferenciadas ou induzidas para diferenciarem-se em muitas linhagens diferentes. A pluripotência das células pode estar relacionada à expressão de fatores homeobox chamada Nanong.
            Células-tronco Adultas
            Muitos tecidos em animais adultos mostraram-se conter reservatórios de células-tronco, que são denominadas células-tronco adultas. Comparadas com as células TE, que são pluripotentes, as células-tronco adultas têm uma capacidade de diferenciação restrita e são, em geral, de linhagem específica (totipotentes). As células-tronco estão localizadas fora da medula óssea são geralmente referidas como células-tronco teciduais.
            As células-tronco estão localizadas em locais denominados ninchos; que diferem entre os vários tecidos.
            E conhecido atualmente que a medula óssea contém células-tronco hematopoiéticas, bem como células estromais capazes de diferenciação em várias linhagens. As células-tronco hematopoiéticas geram todas as células sanguíneas e podem reconstituir a medula óssea após a depleção causada por doença ou irradiação. As células estromais da medula óssea, dependendo do ambiente tecidual, podem gerar condrócitos, osteoblastos, adipócitos, mioblastos e precursores da célula endotelial.
            Uma mudança na diferenciação de células de um tipo a outro é denominada transdiferenciação, e a multiplicidade das opções de diferenciação da célula-tronco é conhecida como plasticidade evolutiva.
            A medula Óssea adulta também abriga uma população heterogênea de células-tronco, que parecem ter capacidades de desenvolvimento muito amplo. Estas células denominadas células adultas progenitoras multipotentes, ou MAPCsI, foram isoladas da medula óssea pós-natal de humanos e roedores. Elas proliferam em cultura sem senescência e podem diferenciar-se em tipos celulares mesodérmicos, endodérmicos e neuroectodérmicos.
            As células adultas progenitoras multipotentes isoladas da medula óssea, do músculo do cérebro tem perfis de expressão genéticos muito similares, sugerindo que elas podem ter uma origem comum. Foi proposto que as células adultas progenitoras multipotentes constituem uma população de células-troncos de, ou relacionada a células TE.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Matriz Extracelular (MEC) e Interação da Matriz Celular

A célula cresce, movimenta-se e diferencia-se em contato íntimo com macromoléculas fora de célula que constituem a MEC.
             A MEC é secretada localmente e agrupa-se numa rede nos espaços em torno das células. A MEC tem como função dar turgência dos tecidos moles e minerais, que dão rigidez aos tecidos esqueléticos, através das proteínas da matriz que seqüestram água. Atua como um reservatório aos fatores de crescimento, controlando a proliferação celular. È importante para as interações célula a célula e fornecem um substrato às células para aderirem, migrarem e proliferarem, modulando diretamente a forma e funções celulares.
            A MEC é constituída por proteínas estruturais fibrosas, como os colágenos e as elastinas; um grupo diverso de glicoproteínas adesivas e proteoglicanas e ácido hialurônico. Essas moléculas estão agrupadas em duas organizações gerais: matriz intersticial e membrana basal.
            A matriz intersticial está presente nos espaços entre as células epiteliais, endoteliais e dos músculos lisos no tecido conjuntivo. Ela consiste em colágeno fibrilar e não-fibrilar, elastina, fibronectina, proteoglicanas, hialuronato, e outros componentes.
            As membranas basais são produzidas por células epiteliais e mesenquimáticas e estão intimamente associadas à superfície celular.

Mecanismo de sinalização celular

 A proliferação celular é um processo firmemente regulado que envolve um grande número de moléculas e vias inter-relacionadas. O primeiro evento que inicia a proliferação celular é, em geral, a ligação de uma molécula de sinalização, o ligante, a um receptor celular específico. Os modelos gerais de sinalização são chamados de autócrino, parácrino e endócrino.
            Sinalização autócrina: as células respondem ás moléculas de sinalização que elas mesmas secretam, estabelecendo-se assim uma alça autócrina.
            Sinalização parácrina: um tipo de célula produz o ligante, o qual atua nas células-alvo adjacentes que expressam os receptores apropriados. As células reagentes estão em intima proximidade com a célula produtora de ligante e são em geral, de um tipo diferente.
            Sinalização endócrina: os hormônios são sintetizados pelas células dos órgãos endócrinos e atuam nas células-alvos distante de seu local de síntese, sendo carregados, em geral, pelo sangue.

sábado, 25 de setembro de 2010

Òxido Nítrico

Óxido Nítrico
           O NO é um radical livre, gasoso, inogânico, incolor, que possui sete elétrons do nitrogênio e oito oxigênio, tendo um eletron desemparelhado.
 O óxido nítrico, um mediador pleiotrópico da inflamação, foi descoberto como um fator liberado pelas células endoteliais que causava vasodilatação, relaxando o músculo liso e vascular.  
O óxido nítrico é um gás solúvel produzido pelas células endoteliais, pelos macrófagos e alguns neurônios do cérebro, agindo de forma parácrino.
O óxido nítrico é sintetizado a partir da L-arginina pela enzima óxido nítrico sintetase (NOS) e desempenha um papel importante nos componentes vascular e celular das reações inflamatórias, sendo potente vasodilatador e sua produção reduz as respostas inflamatórias, além de ser um mediador na defesa do hospedeiro contra infecção.

Inflamação Aguda

Eventos Celulares: Extravasamento de leucócitos na inflamação aguda
         Os leucócitos ingerem os agentes agressores, destroem bactérias e outros microrganismos e eliminam tecido necrótico e substâncias estranhas, no entanto pode causar lesão tissular e prolongar a inflamação.
  O extravasamento de leucócitos ocorre da seguinte maneira; os leucócitos rolam na superfície do endotélio, depois são ativados, aderindo a ele, ocorrendo então a transmigração através do endotélio, atravessam a membrana basal e migram seguindo um gradiente quimiotático que se origina no local da lesão.
Adesão leucocitária e transmigração
         A adesão leucocitária e transmigração são reguladas principalmente pela ligação de moléculas de adesão complementares no leucócito e na superfície endotelial, e pelos mediadores químicos – quimiotoxinas e determinadas citocinas – que afetam esses processos modulando a expressão na superfície ou a avidez dessas moléculas de adesão.

sábado, 18 de setembro de 2010

Alterações Vasculares

    Na inflamação, os vasos sanguíneo sofrem várias alterações que visam a facilitar o movimento de proteínas plasmáticas  e células sanguíneas da circulação para o  local da lesão ou da infecção.
Alteração do Fluxo e Calibre Vascular
   A vasodilatação é uma das primeiras manifestações da inflamação aguda, levando a um aumento no fluxo sanguíneo, que é a causa do calor e rubor.
   A vasodilatação é induzida pela ação de vários mediadores, como a histamina, leucotrienos e o óxido nítrico. Depois há aumento na permeabilidade da microcirculação.
   Uma das características fundamental da inflamação aguda é o aumento da permeabilidade vascular, onde este aumento causa o edema.
   Esse vazamento ocorre através dos seguintes mecanismos:
  • Formação de fendas no endotélio venular;
  • Lesão endotelial direta, resultando em necrose e separação das células endoteliais;
  • Extravasamento retardado prolongado;
  • Lesão endotelial mediada por leucócitos; entre outros.


Inflamação Aguda

   A inflamação aguda é uma resposta rápida a um agente nocivo encarregado de levar mediadores da defesa do hospedeiro – leucócitos e proteínas plasmáticas – ao local da lesão. A inflamação aguda possui três componentes principais:
1. alterações no calibre vascular, que levam a um aumento no fluxo sanguíneo;
2. alterações estruturais na microcirculação, que permitem que proteínas plasmáticas e leucócitos deixem a circulação;
3. emigração dos leucócitos da microcirculação, seu acúmulo no foco da lesão e sua ativação para eliminar o agente nocivo.
   As reações inflamatórias agudas são desencadeadas por vários estímulos: Infecção e toxinas microbianas, trauma, agentes físicos e químicos, necrose tissular, corpos estranhos e reações imunológicas.

sábado, 11 de setembro de 2010

Apoptose

Apoptose e as enzimas Caspases


O processo de apoptose pode ser dividido em uma fase de ativação, na qual as caspases se tornam cataliticamente ativas e uma fase de execução, na qual essas enzimas atuam provocando a morte celular.

O início da apoptose ocorre principalmente através de duas vias distintas, porém convergentes – a via extrínseca, iniciada por receptores, e a via intrínseca ou mitocondrial. Ambas as vias convergem para ativar as caspases.

Com a ativação das caspases, estas clivam muitas proteínas celulares vitais, tais como as lamininas, destruindo a estrutura nuclear e o citoesqueleto; além disso, as caspases ativam as DNases, que degradam o DNA nuclear.

As caspases estão presentes no citosol sob a forma de pró-enzimas inativas,tornando-se ativas após clivagem proteolítica a altura do ácido aspártico.
Inflamação


  A inflamação é uma reação dos tecidos a um agente agressor, caracterizada morfologicamente pela saída de líquido e de células do sangue para o interstício.
  Diferentes agressões físicas, químicas ou biológicas constituem o que se denomina agentes inflamatórios. Agentes inflamatórios agem nos tecidos e promovem uma resposta imediata de alarme (liberação de moléculas sinalizadoras de agressão), as quais induzem a liberação de outras moléculas, genericamente conhecidas como mediadores da inflamação que resultam em modificações na microcirculação necessárias para saída de plasma e de leucócitos dos vasos e em estímulos para reparar os danos produzidos pelas agreções.
  Qualquer que seja a sua causa, a reação inflamatória envolve uma série de eventos: 1. Irritação (que conduz a liberação das moléculas de alarme e mediadores);2.modificações vasculares locais;3.exsudação plasmática e celular;4.lesões degenerativa e necróticas;5.eventos que terminam ou resolvem o processo;6.fenômenos reparativos, representados por proliferação conjuntiva ou regeneração do tecido lesado.
  Os sinais e sintomas da inflamação conhecida como sinais cardinais são: Dor, Calor, Rubor e Tumor.

FENÔMENOS DA INFLAMAÇÃO
Uns dos fenômenos da inflamação que podemos citar são os vasculares.

Inflamação

sábado, 4 de setembro de 2010

Pigmentação

Pigmentação exógena

Pigmentação


Denomina-se pigmentação o processo de formação e/ou acúmulo, normal ou patológico de pigmentos no organismo. Grande número de pigmentos origina-se de substâncias sintetizadas pelo próprio organismo, são os pigmentos endógenos. Além dos pigmentos exógenos que são formados no exterior, por via respiratória, digestiva ou parenteral, onde penetram e depositam-se em diversos órgãos.

Pigmentos exógenos- Pigmentos diversos penetram no organismo junto com o ar inspirado e com alimentos ingeridos, ou são introduzidos por via parenteral, como ocorre com as injeções e tatuagens. As partículas depositam-se, em geral, nos pontos do primeiro contato como as mucosas ou a pele; aí podem ficar retidas ou ser eliminadas ou transportadas para outros locais pela circulação linfática ou sanguínea, ou pelos macrófagos.

Dos pigmentos inalados, o mais freqüente é o carvão. Sua deposição causa a antracose, encontrada nos fumantes e em praticamente todo indivíduo adulto ou idoso morador nas grandes ou médias cidades onde exista certo grau de poluição ambiental.

Uma vez inalado, o pigmento produz uma coloração negra nas partes afetadas, sob a forma de manchas irregulares no parênquima dos pulmões ,na superfície pleural e nos linfonodos do hilo pulmonar. Em trabalhadores de minas de carvão, o grande acúmulo de pigmento nos pulmões pode ser acompanhar de fibrose cística e levar a diminuição considerável da capacidade respiratória.

Calcificação

Calcificação


Quando sais (fosfatos, carbonatos, citratos e outros) de cálcio são depositados em tecidos frouxos não-osteóides, enrijecendo-os, dá-se o nome de calcificação ou mineralização patológica. As calcificações associam-se a vários processos patológicos (por exemplo, necroses, degenerações) e podem ocorrer em virtualmente qualquer lesão antiga.

A deposição patológica de sais de cálcio nos tecidos ocorre sob duas formas: calcificação distrófica, que afeta tecidos lesados e não depende dos níveis plasmáticos de cálcio e fósforo; e calcificação metastática, na qual a precipitação dos sais em tecidos normais resulta em um estado de hipercalcemia.

A calcificação metastática é mais disseminada no organismo e decorre de: absorção aumentada de cálcio no tubo gastrointestinal por excesso de vitamina D, sarcoidose (quando macrófagos atuam como um precursor da vitamina D), ou hipercalcemia idiopática do lactente (Síndrome de Willians), caracterizada por sensibilidade anormal á vitamina D; mobilização excessiva de cálcio dos ossos por imobilização prolongada, osteólise (mieloma ou metástases ósseas difusas) e doença de paget óssea, aumento do paratormônio, por hiperparatireoidismo ou síndrome paraneoplásica.

Insuficiência Renal Crônica provoca retenção de fosfato, o que provoca maior secreção de paratormônio no sentido de se equilibrar a relação cálcio/fósforo no sangue.

sábado, 21 de agosto de 2010

Morte Celular

A morte celular fisiológica envolve a ativação de um programa interno de suisídio, que resulta na morte celular  por um processo denominado apoptose, além de existir outro como a necrose.

Apoptose é a via de morte celular que é induzida´por um programa intracelular altamente regulado, no qual as células destinadas a morrer ativam enzimas que degradam seu DNA nuclear.
A apoptose serva para eliminar células indesejáveis ou potencialmente danosas e células que já não servem.
Situações em que a apoptose é importante.
  • A destruição programada de células durante a embriogênese.
  • A involução dependente de hormônios nos adultos.
  • Morte das células do hospedeiro que já cumpriram seu propósito, linfócitos ao final da resposta imunológica.
  • Eliminação de luinfócitos auto- reativos potencialmente danosos.
  • A morte celular induzida pelas células t citotóxicas.
 As caracter´sticas bioquímicas da apoptose são: Degradação de proteínas, Decomposição do DNA e Reconhecimento fagocitário.

Acúmulos Intracelulares

Deposições intracelulares é a retensão de materiais dentro da célula, as substâncias acumuladas pode ser um componente celular normal como: água, lipídios, proteínas e carbohidratos, ou uma substância anormal, exógena como um mineral ou até mesmo produtos de agentes infecciosos, ou uma substância endógena e um pigmento. Essas substâncias podem ser acumuladas transitoriamente ou permanentemente, podendo ser inócuas para as células, mas ocasionamente são altamente tóxicas.
Uma daas deposições é a Esteatose ou Degeneração Gordurosa.
Esteatose ou degeneração Gordurosa é a deposição anormal de triglicerídios nas células parenquimatosas. A degeneração gordurosa pode ocorrer no coração, músculos e rins, mas geralmenteé vista no fígado,pois este é o principal órgão envolvido no metabolismo das gorduras. As causas da esteatose incluem toxinas, desnutrição protéica, diabetes mellitos, obsidade e anóxia. O acúmulo excessivo de trigliceridios no fígado pode resultar de defeitos em qualquer um dos eventos da sequência entre a entrada dos ácidos graxos e a saída de lipoproteínas. Vários desses defeitos são induzidos pelo álcool, uma hepatotoxina que altera as funções mitocondriais e microssomais. A anóxia inibe a oxidação de gorduras. A desnutrição aumenta a mobilização de ácidos graxos dos tecidos periféricos.
Quando a esteatose é leve, pode não causar efeito na função celuçlar. Já sendo mais grave pode prejudicar a função celular.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Mecanismo das lesões celulares

   Um dos mecanismos da lesões Celulares está o Acumulo de Radicais, onde as Células geram energia reduzindo o oxigênio molecular em água. Durante o processo, pequenas quantidades de formas reativas de oxigênio produzem produtos indesejados da respiração mitocondrial. Uma parte destes gera espécies reativas de oxigênio. O estresse oxidativo é causado por um desequilíbrio entre os sistemas de geração e eliminação de radicais livres, condicionando lesão celular, associado a patologias.
   Os radicais livres são espécies químicas que possuem um único elétron sem um par correspondente na órbita externa. A energia criada por essa configuração instável é liberada atravez de reações com moléculas adjacentes como substâncias químicas inorgânicas e orgânicas - proteínas, lipídios, carboidratosa.
   Os radicais livres podem ser criados atravez da;
  • Absorção de energia radiante;
  • Metabolismo enzimático de substâncias químicas exógenas ou droga;
  • Reaações de redução-oxidaçãoque ocorrem durante os processos metabólicos normais;
  • Metais de transição;
E os efeitos causados pelos radicais livres podemos destacar: Peroxidação lipídica das membranas; Modificações oxidativa das proteínas e Lesões no DNA.

Causas das lesões Celulares

As causas das lesões Celulares podem ser originadas por acidentes, tanto quanto por causas endógenas . A maioria das causas podem ser por: ausência de oxigênio (hipóxia), agentes físicos (trauma mecânico, tempereturas extremas, radiação, choque elétrico), agentes químicos, droga, agentes infecciosos, reações imunológicas, distúrbios genéticos e desequilíbrios nutricionais.