sábado, 30 de outubro de 2010

Formação da cicatriz

            São três os processos que participam da cicatriz: emigração e proliferação de fibroblastos no local da lesão; Deposição da matriz extracelular e remodelamento tecidual.
            Na proliferação e migração do fibroblasto o tecido de granulação contém numerosos vasos sanguíneos recém formados. O VEGF promove a angiogênese, sendo um fator de Crescimento Endotelial Vascular, È também responsável por um aumento marcado na permeabilidade vascular. O aumento da permeabilidade leva à exsudação e deposição de proteínas plasmáticas, como fibrinogênio e fibronectina plasmática, na MEC, e fornece um estroma provisório para o crescimento para do dentro mesmo de fibroblasto e células endoteliais. A migração de fibroblastos do local de lesão e sua proliferação são  deflagrados por fatores de crescimento múltiplos. Os macrófagos através de mediadores, promovem a migração e proliferação de fibroblastos.
Se os estímulos quimiotáticos apropriados estiverem presentes, mastócitos, eosinófilos, e linfócitos também podem acumular-se. Cada uma dessas células pode contribuir direta ou indiretamente à migração e proliferação de fibroblastos. Dos fatores de crescimento envolvido na fibrose inflamatória, o TGF-B parece ser o mais impornumtante, devido a multitude de efeitos que favorecem a deposição de tecido fibroso. O TGF-B e produzido pela maioria das células do tecido de granulação e causa migração e proliferação do fibroblasto, síntese aumentada de colágeno e fibronectina e degradação diminuída da MEC por metaloproteínas.
            Na Deposição da Matriz Extracelular e Formação de Cicatriz
À medida que a reparação continua, o número de células endoteliais proliferantes e fibroblasto diminuem. Os colágenos fibrilares formam uma porção principal do tecido conjuntivo em locais de reparação e são importantes para o desenvolvimento da resistência na cicatriz de feridas. Apor  síntese colagenosa é intensificada por vários fatores de crescimento ( PGDF, FGH, TGF-B)  e as citocinas (IL-1, IL-13), que são secretados por leucócitos e fibroblastos na cicatrização de feridas. O acúmulo de colágeno final, entretanto, depende não somendate da síntese colagenosa aumentada, mas também da degradação diminuída. Enquanto a cicatriz amadurece, a regressão vascular continua, transformando, eventualmente, o tecido ricamente vascularizado numa cicatriz avascular empalidecida.
Remodelação Tecidual
            A substituição do tecido de granulação por uma cicatriz envolve transição na composição da MEC. O equilíbrio entre a síntese e a degradação da MEC resulta na remodelação da estrutura do tecido conjuntivo.

CÉLULAS-TRONCO

Células-tronco são caracterizadas por sua capacidade proliferativa prolongada de auto-renovação e por sua replicação assimétrica. Na replicação assimétrica uma das células-tronco retém sua própria capacidade de renovação enquanto outras entram numa via de diferenciação e é convertida numa população madura enquanto e não-divisória. Mas existe o conceito de que, dentro de um grupo de células-tronco, algumas se auto-replicam e outras se diferenciam.
Células-tronco Embrionárias (Células TE)
            Os embriões contêm células TE pluripotentes, que podem dar origem a todos os tecidos do corpo humano. Tais células podem ser isoladas dos blastocistos normais, as estruturas formadas em aproximadamente o estágio celular 32 durante o desenvolvimento embrionário. As células-tronco embrionárias ser mantidas em culturas como linhagens celulares indiferenciadas ou induzidas para diferenciarem-se em muitas linhagens diferentes. A pluripotência das células pode estar relacionada à expressão de fatores homeobox chamada Nanong.
            Células-tronco Adultas
            Muitos tecidos em animais adultos mostraram-se conter reservatórios de células-tronco, que são denominadas células-tronco adultas. Comparadas com as células TE, que são pluripotentes, as células-tronco adultas têm uma capacidade de diferenciação restrita e são, em geral, de linhagem específica (totipotentes). As células-tronco estão localizadas fora da medula óssea são geralmente referidas como células-tronco teciduais.
            As células-tronco estão localizadas em locais denominados ninchos; que diferem entre os vários tecidos.
            E conhecido atualmente que a medula óssea contém células-tronco hematopoiéticas, bem como células estromais capazes de diferenciação em várias linhagens. As células-tronco hematopoiéticas geram todas as células sanguíneas e podem reconstituir a medula óssea após a depleção causada por doença ou irradiação. As células estromais da medula óssea, dependendo do ambiente tecidual, podem gerar condrócitos, osteoblastos, adipócitos, mioblastos e precursores da célula endotelial.
            Uma mudança na diferenciação de células de um tipo a outro é denominada transdiferenciação, e a multiplicidade das opções de diferenciação da célula-tronco é conhecida como plasticidade evolutiva.
            A medula Óssea adulta também abriga uma população heterogênea de células-tronco, que parecem ter capacidades de desenvolvimento muito amplo. Estas células denominadas células adultas progenitoras multipotentes, ou MAPCsI, foram isoladas da medula óssea pós-natal de humanos e roedores. Elas proliferam em cultura sem senescência e podem diferenciar-se em tipos celulares mesodérmicos, endodérmicos e neuroectodérmicos.
            As células adultas progenitoras multipotentes isoladas da medula óssea, do músculo do cérebro tem perfis de expressão genéticos muito similares, sugerindo que elas podem ter uma origem comum. Foi proposto que as células adultas progenitoras multipotentes constituem uma população de células-troncos de, ou relacionada a células TE.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Matriz Extracelular (MEC) e Interação da Matriz Celular

A célula cresce, movimenta-se e diferencia-se em contato íntimo com macromoléculas fora de célula que constituem a MEC.
             A MEC é secretada localmente e agrupa-se numa rede nos espaços em torno das células. A MEC tem como função dar turgência dos tecidos moles e minerais, que dão rigidez aos tecidos esqueléticos, através das proteínas da matriz que seqüestram água. Atua como um reservatório aos fatores de crescimento, controlando a proliferação celular. È importante para as interações célula a célula e fornecem um substrato às células para aderirem, migrarem e proliferarem, modulando diretamente a forma e funções celulares.
            A MEC é constituída por proteínas estruturais fibrosas, como os colágenos e as elastinas; um grupo diverso de glicoproteínas adesivas e proteoglicanas e ácido hialurônico. Essas moléculas estão agrupadas em duas organizações gerais: matriz intersticial e membrana basal.
            A matriz intersticial está presente nos espaços entre as células epiteliais, endoteliais e dos músculos lisos no tecido conjuntivo. Ela consiste em colágeno fibrilar e não-fibrilar, elastina, fibronectina, proteoglicanas, hialuronato, e outros componentes.
            As membranas basais são produzidas por células epiteliais e mesenquimáticas e estão intimamente associadas à superfície celular.

Mecanismo de sinalização celular

 A proliferação celular é um processo firmemente regulado que envolve um grande número de moléculas e vias inter-relacionadas. O primeiro evento que inicia a proliferação celular é, em geral, a ligação de uma molécula de sinalização, o ligante, a um receptor celular específico. Os modelos gerais de sinalização são chamados de autócrino, parácrino e endócrino.
            Sinalização autócrina: as células respondem ás moléculas de sinalização que elas mesmas secretam, estabelecendo-se assim uma alça autócrina.
            Sinalização parácrina: um tipo de célula produz o ligante, o qual atua nas células-alvo adjacentes que expressam os receptores apropriados. As células reagentes estão em intima proximidade com a célula produtora de ligante e são em geral, de um tipo diferente.
            Sinalização endócrina: os hormônios são sintetizados pelas células dos órgãos endócrinos e atuam nas células-alvos distante de seu local de síntese, sendo carregados, em geral, pelo sangue.